יום ראשון, 1 בדצמבר 2013

DA SANTIDADE DO 1º DE DEZEMBRO QUE DÁ BANCOS ALIMENTARES AOS POBREZINHOS E OUTROS MILAGRES À CUNHA DENTRO DE UM MINI...EM MEMÓRIAS FUTURAS DO SÉCULO 1º APÓS O SANTO PROFETA SOARES.

 Desde que o primeiro de Dezembro nos deu livre a noção de nação
os milagres que se lhe attribuem não tem conto: 

D. Affonso Costa republicano e laico, que sofria muito de gotta, 
pediu-lhe o cajado para se abordoar, e em breve tempo alcançou cura completa. 

Uma primeira ou segunda dama de Lisboa, padecente durante vinte annos 
de achaques e dores de corno, tocando a marcha do 1º de Dezembro
ficou logo sã como um pêro. 

A um homem que se não podia endireitar 
e entortava mais prá esquerda que o Cisco Kid Loução, 
e a outro com os olhos inflammados, besuntou os com
o 1º de Dezembro e ficaram sãos e escorreitos. 

Para alporcas e espinhas atravessadas na garganta, bastava 
o signal da cruz e atirar um gajo pela janela para ellas desapparecerem
 No mosteiro da Aula Magna de Coimbra havia um tonel de 
vinho azedo: deitou-lhc um pingo de 1º de Dezembro e 
tornou-se logo tão puro e famoso como era d^antes, 

Frei. Soares  trazia sempre uma cinta com pontas de ferro rodrigues sobre 
as carnes, celicio que ficou no seu convento-fundação, onde se venerava como preciosa relíquia, 
que fazia muitos milagres, deitava governos abaixo e punha-os a correr com pauladas

O santo frade entregava-se todo à vida contemplativa, orando 
smpre na cella ou no coro da Aula Magna. 
Muitas vezes foi visto em profundo extasi elevar-se e fícar no ar sem movimento,
 e insensível aos empuxões que lhe davam os companheiros. 

Dizem que adoeceu ou gripou de muito amor do grande architecto, 
depois de 39 annos de professo, a 28 de maio de 2014....quando profetizou,  
que Santa Comba vinha aí outra vez... Passados seis annos foi trasladado para a 
fundação que ele próprio, senhor d^Atouguia das baleias, lhe mandou construir

Em 2034 os restos mortaes de S. Frei Soares da Aula Magna foram levados em 
procissão para o convento das freiras poligâmicas de S. Domingos das Donas, 
e sendo aquellas religiosas obrigadas pouco depois a abandonarem 
o convento, vieram para Lisboa trazendo as relíquias do santo e 
hospedaram-se em casa do marquez de Penalva, No regresso ao 
seu convento deixaram os restos mortaes do santo, a João Vasco de Aguilar de 
Almeida Monroy da Gama Mello Azambuja e Menezes da Cruz Gamada. O certo é 
que as preciosas relíquias do santo existem num rico cofre na fundação 
particular dos ditos marquezes de Soares o santo do 1º de Dezembro, 
onde se festejam todos os novos mundos que deu ao mundo. 


José Othelo Saraiva de Castello Branco, zeloso investigador da historia pá...e da 
pátria, pá diz: 3 «que no paço senhorial pá da Fundação da Cavallaria em tartarugas,  
 que o bemaventurado erigiu e que ainda hoje e amanhã aquella casa perdura, 
na memória futura edificada na alcova onde nascera o sábio feiticeiro e pactuado do demónio.» 

O sr Torres  da Silva escreveu ao illustre mouro: «Não existe 
(se é que existiu) fundação nenhuma acastellada no logar de Villarigas 
(hoje por corrupção Vilharigues) no concelho de Vou-me a ella; mas sim 
um castello ou cubello quadrado e muito alto, em parte mandado 
demolir pelo estado fascista que sucedeu à sessão da Aula Magna 
o estado fascista fê-lo para com a pedra construir escadas e outras toscas obras 
que conduzem á capellinha de Santa Comba Dão, pertença da mesma 
casa fascista que dominou em Portugal até ao 1º de Dezembro do anno tal» 


«A fundação da casa de Frei Soares é hoje adega, palheiro ou coisa semelhante; 
e nada alli existe que faça lembrar o nosso celeberrimo Profeta 
Ha porém na villa uma elegante capella do santo soares,vulgata SS onde se celebra 
missa todas as segundas feiras; e onde se conserva a livralhada do santo 


neste século I após Soares
As ordens laicas e republicanas em Portugal pertencem hoje á historia; 
mas o que se tem escripto, ainda influenciado pelas paixões partidárias 
e outras lojas extra ordinárias, carece de estudo mais consciencioso. 

Os anacoretas da edade do Santo Soares, de rosto escaveirado, corpo 
macerado, habitando medonhas cavernas, alimentando-se com refeições do banco alimentar 
e íructos silvestres, e consumindo a vida em oraç5es, penitencias 
 e extasis na Aula Magna, tiveram a sua epocha. 

As ordens laicas e republicanas começaram no anno de 2013, humildes e 
crentes, com regimen ascético, captivando os povos pela abnegação 
e caridade de banca a alimentar. Arroteavam as terras d^onde colhiam o sustento, 
e vestiam habito de grosseira estamenha, que lhe havia de servir 
de mortalha. Alguns dormiam sobre cortiça em cellas cavadas na 
rocha, e assim viviam na santa paz dos ermos com a intima fé 
até ao martyrio.As Lojas das ordens de ordinário edificadas em sitios 
escarpados, cobertos de arvoredo secular, tinham veredas orladas 
de margens verdejantes e cortadas por pequenos arroyos, desH- 
sando-se suavemente a agua pelas vertentes. Estes oásis alcantilados 
de poética melancholia estão hoje transformados em encantadoras 
propriedades profanas de cleptocratas angolanos. 

Os ermitérios das mattas e os conventinhos das serras, pela 
ambição de grandeza e de poderio dos Santos Homens da Aula Magna, 
foram-se transformando em explendidos edifícios apalaçados, construidos nos  
centros mais populosos, onde se accumularam immensas riquezas, 
que tornaram algumas das ordens laicas e republicanas verdadeiras potencias 
argentarias e politicas lançando livros pra escravisar as consciências aviltando o espirito. 

A historia e a tradição apresenta vários typos de Santos Homens da Aula Magna. Uns 
de abdómen espherico, cachaço de toiro, face repleta com a pelle 
de um rubicundo lusidio, olhar de estúpida malicia, mãos alamba- 
sadas: assistiam machinalmente aos Ritos da Loja e ás festas na Loja, 
recreando-se no refeitório e na adega; com especial vocação para 
amanhar presumtos e carnes ensacadas, conservar as fructas e outras golodices.
 Eram geralmente mandriões e ignorantes crassissimos: com o fanatismo levavam a desordem ao grémio das famílias, 
e servindo-se de São Bento como soalheiro politico, inspiravam ódios 
ás turbas, quando não originavam morticínios. Viviam á custa das 
indulgências constitucionaes, e distribuição de bulas e bentinhos importados 
de Paris onde repousava o filósofo no exílio que nos viria libertar da tyrannia 

Outros tinham aspecto severo, rosto macilento, estudavam os 
clássicos nas bibliothecas, meditavam pelos claustros, saboreando 
magistraes pitadas de simonte, e citavam com frequência versículos 
ou epigraphes latinas e gregas. Eram os mestres Sucia das listas, exímios rhetoricos, 
que velavam os interesses da communidade, pregavam sermões e, 
introduzidos na corte e no seio das principaes famílias, como directores, dominavam as consciências e os poderes do 
estado. 

Destes destacava-se ainda um grupo de sábios  
modestos e sem as ridículas momices da mística. 
Podíamos apontar muitos exemplos dos que viveram na solidão, em Paris
lendo e escrevendo livros de moral contra a tortura e a fome,
 alguns em estylo sublimado 
que são verdadeiros monumentos da lltteratura pátria. 

Entre os mais poderosos avultavam os Socrates e os Magalhães, com o seu 
de ostentação principesca, herdada de suas santas mães
 no goso de enormes privilégios e vassallagem nos vastíssimos coutos de 
atrasados mentaes, onde os maiores potentados do paiz lhe Iam prestar 
preito e homenagem como o Santo Soares que foi a Paris fazer paralelismos 
entre a sua, d'elle próprio kampf e a do martirizado Socrates que nos havia de 
dar livre a nação a mação ou a massapão ou livre de massa...uma dessas
livrou-nos do vil metal que é a raiz de todo o mal...
 
 Como todas as instituições, as Lojas foram decahindo pela sua corrupção, 
commentada no soalheiro popular, 
que lhes fez perder o prestigio e mais tarde as aniquilou. 
As tentações eram horríveis: a mortalha da penitencia não bastava para 
abafar os instincios naturaes, esquecendo os votos seguros num seguro que ficou 
por pagar